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As dores e amores de se fazer política na atualidade

Rafael Abud e Patrícia Belli falam sobre os desafios no cenário político brasileiro e do amor pela transformação através de políticas públicas.

Ele é escritor, professor, comunicador, expert em marketing político, marido, pai, psicanalista e comerciante.

Ela é administradora, síndica profissional, amante das metodologias de alfabetização e ensino, esposa e mãe.

Em um cenário onde ser de direita é ser conservador, sinônimo de preconceitos e extremismos, e onde assumir um posicionamento de esquerda acarreta em se aliar a metodologias criminosas e comunistas, fazer política, em ambos os cenários, é um desafio e tanto.

“Hoje, como político, independente da esfera em que se atua, enfrentamos uma necessidade histórica de nos posicionarmos a favor ou contra, quando a política é, na verdade, somar, e não dividir. Parece que o intuito original que é trabalhar para a população, para a sociedade, fica em segundo plano”, afirma Rafael Abud, autor do livro “Gabinete Parlamentar ou para lamentar?”, dentre outros títulos que possui.

Levando em consideração os motivos que geram as dificuldades em se fazer boa política no Brasil, mas com atenção a vontade de muitos em mudar o cenário de corrupção e falhas nas políticas públicas, encontramos novos nomes dispostos a unir forças em prol da democracia e da reestruturação de seus bairros, cidades, estados e do país, nomes que trazem fôlego e renovação na política.

“Os problemas com necessidades são os mesmos: educação, saúde, segurança pública, moradia, geração de renda e de postos de trabalho. Lembro-me de um jargão de um político que chegou a ser eleito, que dizia “pior do que está não fica”. Pois é, ficou. Nossas escolas estão formando jovens que não conseguem interpretar um texto. Os pais, por não terem formação e tempo, não conseguem ajudar seus filhos. A rua oferece atrativos que tiram do caminho do bem nossas crianças e jovens. É urgente é determinante que reestruturemos a grade curricular, o tempo em sala de aula, a formação e especialização dos professores com atenção aos salários e gratificações e, claro, precisamos dar formação profissional para jovens e adultos em paralelo a formação acadêmica”, ressalta Patrícia Belli, que atuando, por oito anos, como síndica de um condomínio, viu na diversidade a chance de construir políticas que atendam à todos.

Novos nomes na política trazem, além do fôlego e renovação de propostas, a chance do eleitorado ter acesso a informação detalhada e não tendenciosa, com embasamento em estudo e vivência. É o caso de Rafael Abud, que em 1996 lançou o livro “Gabinete Parlamentar ou para lamentar”, e que na época rendeu entrevista no então programa de Jô Soares. “Eu escrevo, estudo e vivo a política há décadas e hoje, homem maduro, professor, psicanalista e comerciante, acredito que precisamos unir a experiência acadêmica, a vivencial e o amor pelo próximo na execução de políticas públicas efetivas”, explica Rafael Abud.

Políticas públicas são ações, programas, leis, enfim, um conjunto de práticas que são desenvolvidas por quem está à frente de cargos como vereador, prefeito, deputados, senadores, governadores e presidente, ou seja, pelo Estado, para garantir e colocar em prática, direitos que são previstos na Constituição Federal e em outras leis. São medidas e programas criados pelos governos dedicados a garantir o bem estar da população.

“Quando falamos de políticas públicas efetivas, estamos falando de dar a população soluções, permanentes, em educação, saúde, segurança, moradia, geração de empregos e renda. É certo que programas emergências são um grande socorro, mas não efetivos. Resolvem por um tempo, mas não são efetivas”, afirma Patrícia Belli, que está em sua primeira candidatura à Deputada Estadual por São Paulo.

“Vejo que, no cenário atual da política e das políticas públicas atuais, temos várias questões que acabam por atrapalhar o maior interessado: a população. Todo político, em todas as esferas, quando assume seu cargo, para as ações do político anterior para implementar seus próprios projetos, seus planos de plataforma. Sem falar da guerrilha entre partidos de governo e oposição. Precisamos unir ideias, forças, unir o amor pela política pelo bem do cidadão” alerta Rafael Abud, quando questionado sobre as dificuldades de se fazer política na atualidade.

Às vésperas de uma eleição histórica, onde a briga política entre um ex e atual presidentes da república reflete em amizades e relacionamentos familiares, muitas são as conclusões, anseios e medos. Que temos uma população politicamente mais envolvida é fato. Que inverdades e notícias inventadas continuam a poluir redes sociais, aplicativos de conversa e a mídia, também. Mas temos que nos atentar ao resultado de que uma população com acesso à informação e educação trará, como resposta, políticos mais eficazes e profissionais, este, sem sombra de dúvidas, é o melhor dos presentes da política na atualidade.

Para saber mais:

@rafaelangeloabud
@oficialpatriciabelli

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