Número de influenciadores digitais de investimentos cresce cada vez mais no Brasil
Com essa expansão, o especialista Clélio Cabral, faz um alerta ao acessar certos conteúdos sobre investimentos A comunidade que reúne investidores, especialistas e principalmente influencers financeiros nas redes sociais, não para de crescer. As principais vozes dessa ‘bolha digital financeira’ atingiram uma audiência de 91,5 milhões de usuários em dezembro do ano passado, de acordo com o relatório Finfluence, da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).
Esse alcance cresceu 23,6% em relação a fevereiro do mesmo ano, quando a primeira pesquisa sobre o poder dos ‘finfluencers’ foi divulgada. Caso esse ritmo de crescimento seja mantido, os influencers de finanças caminham para atingir 100 milhões de seguidores nas plataformas digitais. O Brasil, em específico, se mostra um terreno mais fértil que a média para influenciadores.
De acordo com o levantamento, 43% dos brasileiros já compraram algo por indicação de um influencer. Esse impacto supera até mesmo o que é visto na China, onde 34% da população já realizou compras por indicação de influenciadores, e nos Estados Unidos (17%), principal mercado do mundo.
Com isso, o especialista em investimentos, Clélio Cabral, alerta que, além da expansão da popularidade dos influencers de finanças, cresce também a preocupação com o teor dos conteúdos publicados. O famoso ‘disclaimer’, bastante utilizado nas redes sociais pelos ‘finfluencers’, é um aviso legal que busca resguardar o autor de futuros problemas jurídicos com autoridades.
“Estamos mexendo com a vida financeira de alguém. Você pode ajudar a pessoa a sair das dívidas ou afundá-la. Não é apenas uma indicação de investimentos, conteúdo, de livro. Você está influenciando como a pessoa vai viver a vida financeira dela”, afirma Cabral. “Se falar que é seguro, a pessoa vai lá e investe. É muita responsabilidade”, finalizou.
No caso dos influenciadores de finanças, a preocupação é com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), órgão fiscalizador que proíbe pessoas não certificadas de fazerem recomendações ou análises de investimentos.