Você sabe o que Helô Pinheiro e Kika Sato têm em comum?
“Isso aqui é como se fosse um jogo, mas tem uma função muito séria”, alerta a eterna garota de Ipanema, jornalista e empresária, Helô Pinheiro (78 anos) em um post publicado no seu Instagram, em que aparece fazendo um exame para avaliar a saúde do cérebro.
Quem viu o teste de Helô Pinheiro e achou o máximo, foi a psicóloga e diretora de estilo Kika Sato Rahal (71 anos), mãe da apresentadora Sabrina Sato. Ela também compartilhou a experiência em seu perfil na rede social. “…O teste motor avaliou a minha coordenação motora, a velocidade do processo cognitivo, equilíbrio e acuidade visual. A segunda etapa é o teste de realidade aumentada, com uma tecnologia que mescla objetos do mundo virtual ao mundo real. Eu tenho que esconder os objetos virtuais e depois lembrar onde coloquei, e recuperá-los…O mais incrível é que tudo pode ser analisado por inteligência artificial”, contou.
Ambas experimentaram o ALTOIDA, um exame que usa inteligência artificial e biomarcadores digitais para rastrear e monitorar a saúde do cérebro e a performance cognitiva. Ele consegue captar microerros não perceptíveis pela observação humana e é capaz de avaliar 850 parâmetros distintos, simultaneamente, por meio da inteligência artificial. Também analisa o declínio cognitivo e as queixas de memória, como aquelas relacionadas às questões hormonais da menopausa, ao TDHA (Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade) e até mesmo da COVID19.
“Realizado por meio de tablets, esse exame médico não invasivo e indolor mensura com precisão diversas tarefas executadas pelo paciente. Em menos de 15 minutos, o sistema emite um relatório completo indicando a condição cognitiva do paciente e ainda é dividido em diferentes domínios, tudo para auxiliar médico e paciente para um adequado e seguro monitoramento”, conta Paulo Bragança, diretor clínico da SPARKIA – Inovação em Saúde.
O executivo defende que a ferramenta – por sua simplicidade operacional, precisão e custo acessível – deveria fazer parte dos protocolos de check-up de rotina a partir da idade adulta. “A oportunidade de incluir a avaliação da saúde do cérebro nos exames de rotina é mensurar a curva de tendência do paciente ao longo do tempo. Exatamente como ocorre em tantos outros exames que ajudam médicos e pacientes a tomarem medidas preventivas logo nos primeiros sinais de risco.”
O psiquiatra mineiro Francis Silveira, Mestre em Neurociências pela Logos University International – UniLogos / Miami (EUA) é um dos que já utilizam o exame e ainda acrescenta. “O avanço tecnológico nos trouxe vários benefícios dentro da medicina. Ter, hoje, no consultório, um teste de rastreamento neurocognitivo, que pode ser realizado em poucos minutos é, no mínimo, uma ótima ferramenta de avaliação”, explica.
Esse tipo de rastreio transforma a queixa de um paciente em algo numérico, objetivo e mensurável. “Ele é capaz de comparar o paciente com um grande contingente populacional com características similares à sua e, mais importante, comparar o paciente com ele mesmo ao longo do tempo. Isso permite identificar alterações cognitivas de forma precoce, capazes de serem tratadas de forma preventiva”, revela Ronald Lorentziadis, especialista setor de saúde e healthcare, sócio e CEO da BIOCARE | SPARKIA – Inovação em Saúde, fornecedora dos exames no Brasil.
Para o check-up, recomenda-se a realização do exame a cada 12 meses, mas a frequência pode alterar por decisão médica, de acordo com as necessidades do paciente e protocolos definidos em diferentes situações. “A depender do caso, isso faz com que o médico ofereça um tratamento cognitivo personalizado, permitindo que o paciente adote medidas que possam promover a qualidade de vida por mais tempo, principalmente em estágios pré-demenciais ou leves”, conclui o neurologista Albert Louis Rocha Bicalho, diretor técnico da Neuromais Saúde e Educação, de Belo Horizonte (MG).